quinta-feira, 9 de maio de 2013

“Visagem, Vertigem, Voragem: Clássicos do Horror em Três Tempos” Vários Autores.


Quando nos deparamos com alguma coisa que nos causa horror é porque ela supera tudo o que já conhecemos em termos de medo antes. Mas, em nossos dias, uma rápida visita ao cinema ou à livraria revela que a ficção de horror contemporânea tem uma fixação com o corpo e o suplício físico – sinal dos tempos. Já a presente coletânea vai na contramão dessa tendência para oferecer o melhor do horror psicológico, espectral e cheio de suspense.
Dividido em três eixos – visagem, vertigem e voragem – os contos desta coletânea formam um apanhado expressivo do gênero. O horror que inspiram amadureceu com os anos, como os bons vinhos: a safra era boa, e a uva, levemente doentia.
Neste retorno às origens, o leitor encontrará autores fundamentais, bem como grandes nomes se exercitando no gênero.

À luz do dia espantamos nossos temores com racionalizações. Mas quando cai a noite e um livro como este se abre…

Preço: 25 reais + Frete. 
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quarta-feira, 8 de maio de 2013

“Marthe: História de uma Prostituta” de J-K. Huysmans.

Na Paris do final do século XIX, em meio à vida boêmia, um jovem poeta se apaixona por uma atriz chamada Marthe. Bela, sensual e atraente, ela carrega os estigma de uma passagem pela prostituição. O casal procura um ponto de apoio no sorvedouro de suas paixões, mas são eles que controlam seu próprio destino ou serão um joguete na mão de forças maiores?

Joris-Karl Huysmans (1848-1907), novelista e poeta francês, tem seu nome indissociavelmente ligado ao movimento decadentista. O autor francês é dono de um vocabulário e de uma sintaxe que remetem o leitor constantemente às artes plásticas. Assim, o apelo visual nos livros de Huysmans é forte. Mesmo quando pinta o mais abjeto submundo parisiense, o autor de Marthe cria imagens únicas. Marcadas pelo pessimismo e pelo naturalismo, as obras da primeira fase de Huysmans, onde está esta Marthe (1876), exploram a maneira como os seres humanos são marcados pelo seu ambiente e levanta questões como a espontaneidade do amor e a possibilidade do livre-arbítrio. A obra também contém fortes elementos autobiográficos.

Preço: 18 reais + Frete. 

“O Estranho Misterioso” de M. Twain.


O pacífico vilarejo de Eseldorf cochilava no interior da Áustria em plena Idade Média. E assim seria para sempre, não fosse a chegada de um ser enigmático e poderoso, que irá escancarar as hipocrisias daquela pequena comunidade. Theodor Fischer, o jovem narrador, ao brincar com seus amigos no bosque próximo da cidadezinha, descobre um garoto que possui faculdades mágicas e que se diz um espírito; alega também ser sobrinho do Anjo Caído e deplora o Senso Moral, que, segundo ele, coloca os homens abaixo dos animais.
Mark Twain (1835-1910) é indiscutivelmente um clássico norte-americano. Autor de livros como ‘As Aventuras de Tom Sawyer’ e ‘As Aventuras de Huckelberry Finn,’ tornou-se conhecido por um estilo ágil e humorístico. Aqui, neste ‘O Estranho Misterioso’, publicado postumamente e em que Twain trabalhou após a morte de sua esposa e duas filhas, a escrita também é fluida – mas o conteúdo, sombrio.

Fala-se em “suspensão da descrença” quando tratamos de ficção, mas no desenrolar desta obra é uma suspensão da própria crença no que é mais inquestionável que é posta em jogo. O que é a realidade? Qual o papel do ser humano nela? Esta é uma obra por vezes difícil, mas o caminho para o mais sublime também passa por trilhas escarpadas.

Preço: 28 reais + Frete. 

terça-feira, 7 de maio de 2013

“Kappa” de A. Ryunosuke.

Os Kappas, figuras da mitologia japonesa, são seres aquáticos que possuem um corpo escamoso, bico de ave e um prato oval no topo da cabeça. Eles vivem numa excêntrica e inesperada realidade – até a chegada do narrador deste livro que, por acidente, tem contato com esse universo incomum. Mas será que os Kappas são tão estranhos ao nosso mundo e tão diferentes assim dos seres humanos?
Em estilo conciso e elegante, esta novela, traduzida diretamente do original em japonês, usa o tom de uma fábula infantil como disfarce para mostrar as vicissitudes de nossa espécie. Das coisas levadas a sério pelos humanos, os Kappas troçam (e vice-versa). A inversão pode ser engraçada – ou assustadora…

Akutagawa Ryunosuke (1892-1927), um dos nomes mais importantes da literatura de seu país, escreveu esta sátira ácida não só sobre a sociedade japonesa, mas sobre a condição humana em geral, no mesmo ano em que cometeu suicídio. Sobre o autor, Jorge Luis Borges declarou: “Extravagância e horror estão em sua obra mas nunca em seu estilo, que é sempre límpido como cristal.”

Preço: 18 reais + frete. 

segunda-feira, 6 de maio de 2013

“A Sonata dos Espectros” de A. Strindberg.

O “teatro de câmara” é uma forma íntima onde poucos personagens, sem protagonista evidente, têm seus destinos guiados por uma imaginação livre e de grandes perspectivas. A Sonata dos Espectros pertence a essa série de peças escritas por August Strindberg após sua grave crise psíquica e existencial relatada em Inferno.
Desviando-se do naturalismo que marca suas primeira obras, como Senhorita Júlia e O Pai, sua dramaturgia passa a anunciar um expressionismo fortemente dotado de características oníricas. Artaud, Beckett, Gombrowicz e Ionesco serão influenciados por esses textos breves e enigmáticos, dentre os quais A Sonata dos Espectros é um dos mais radicais.

Nesta tradução feita do original sueco, o leitor brasileiro terá a oportunidade de ler um dos mais importantes dramaturgos do século XIX em sua maturidade. O teatro moderno passa necessariamente por August Strindberg.

Preço: 18 reais + Frete 

domingo, 5 de maio de 2013

“O Quarto da Claraboia” de O’Henry.

William Sydney Porter, sob o pseudônimo de O’Henry, criou mais de quatrocentas histórias e tornou-se um dos mestres norte-americanos do conto. Após passar três anos na cadeia, O’Henry começou a escrever para revistas semanais, com o que alcançou grande sucesso com o público. Sua ficção é marcada pelo otimismo do começo do século XX e seus finais inesperados tornaram-se tão conhecidos a ponto de lhes valerem o nome de O’Henry twist.

Despretensioso, ingênuo, ora jocoso ora romântico, O’Henry chegou a prefigurar o surrealismo e foi comparado por André Breton a Charles Chaplin. Suas últimas palavras, no leito de morte, foram: “Acendam as luzes, não quero ir para casa no escuro.”



Preço: 24 reais + Frete


sábado, 4 de maio de 2013

“A Antibruma” de Nils Skare

“O mar é o mistério perfeito. Nils Skare nos oferece um barco para cruzar este desconhecido. Uma entre tantas aventuras possíveis na imensidão azul. Uma entre tantas lembranças possíveis… Mas a memória não é porto seguro. Todo conto navega entre o esquecimento e a recordação. Toda história é uma nova maneira de contar o velho. Esta é a história de uma criança e seu barquinho de brinquedo. Desafiando monstros marinhos, ele encontra uma importante missão. Temos todos nossos barcos e sonhamos com o mar. Mas não espere trivialidades. Um romance? Vários contos? Aforismos? Poesia? Qual a forma desta escrita? O que conta este livro? Ele atravessa os gêneros. Muda de assunto, desconversa e volta a versar o mesmo. Não tente entender tudo. Nem o julgue incompreensível. Como seria possível não entender coisa alguma? Leia este livro como quem guarda um segredo. Algumas coisas se escondem, mas não estão perdidas.”

Rodrigo Ponce
Preço: 18 reais + Frete. 
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sexta-feira, 3 de maio de 2013

“A Tragédia da Espanha: Notas sobre a Guerra Civil (1936-1939)” de R. Rocker.

Espanha, 1936. Após o golpe militar do generalíssimo Francisco Franco ser barrado por milhares de militantes anarquistas e socialistas, uma série de profundas transformações rapidamente propaga-se pelo país. Grande parte da economia passa a ser autogerida e a produção coletivizada. E a revolução extrapola o plano econômico eliminando tradições opressivas: o ensino misto e combatente consolida-se em ampla escala; o clero é anulado e as igrejas demolidas; as mulheres compõem a frente de batalha e a ideia de amor livre torna-se popular.

A Tragédia da Espanha, de Rudolf Rocker, livro escrito no desenrolar dos eventos, descreve o importante papel do anarquismo durante a Guerra Civil Espanhola e mostra como o jogo de interesses e disputas entre as grandes potências minou as conquistas de um povo. Mas mais do que um simples relato de um estado de coisas, a obra permanece atual unindo a análise rigorosa ao posicionamento declarado em favor dos oprimidos que transforma a história numa ciência de libertação.

Preço: 24 reais + Frete 

quinta-feira, 2 de maio de 2013

“No Café: Diálogos sobre o Anarquismo” de E. Malatesta.

Errico Malatesta, nome proeminente do anarquismo italiano e mundial, frequentava regularmente um café na cidade de Ancona enquanto era perseguido pelas autoridades. Embora tivesse raspado sua característica barba, ainda corria um risco já que não se tratava de um café anarquista, mas que incluía uma variedade de clientes – inclusive policiais. As conversas que ele teve nesse café se tornaram a base dos diálogos que compõem este livro.


Malatesta, em seu estilo costumeiramente claro e que vai direto ao ponto, analisa criticamente os argumentos a favor e contra o anarquismo. Ao verdadeiro mapa que propõe para a teoria e prática anarquistas, soma-se também a esta obra a lucidez e discernimento com que prefigura a ascensão do fascismo e do comunismo.


Preço: 24 reais + Frete 

quarta-feira, 1 de maio de 2013

"Você não pode ser neutro num trem em movimento” – Howard Zinn: 2005

“Ser esperançoso em épocas ruins não é ser apenas toltamente romântico. É se basear no fato de que a história humana é uma história não apenas de crueldade, mas também de compaixão, sacrifício, coragem e bondade. (…) E se agimos, de qualquer maneira ainda que pequena, não precisamos esperar por algum grande futuro utópico. O futuro é uma infinita sucessão de presentes, e viver agora como nós acreditamos que seres humanos devem viver, desafiando tudo que de mal existe ao nosso redor, é em si uma maravilhosa vitória.” 
Howard Zinn.

“Através da sua vida e seu trabalho, de sua dedicação e coragem, de sua honestidade notável, Howard Zinn tornou-se um exemplo e inspiração para aqueles que buscam justiça e paz. Suas contribuições são verdadeiramente incomparáveis. Não é exagero dizer que ele mudou a consciência de toda uma geração.” 
Noam Chomsky.

“Esta autobiografia do grande ativista e historiador (…) proporciona um eloquente relato pessoal das lutas pelos direitos civis e contra a Guerra do Vietnã, e um hino universal pelo protesto e resistência.” 
 Matthew Rothschild, ‘The Progressive’.

“Um professor que dedicou sua vida politicamente engajada à crença de que o amor inspira a ação.” 
Colman McCarthy, ‘The Washington Post’. 

“Zinn nos lembra da simples, frequentemente disfarçada promessa que permanece viva na decência humana e na vontade de aprender da História.” 
Paul Buhle, ‘The Nation’.

PREÇO: 36 REAIS + FRETE.
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